Em 1896,
chegaram ao Rio de Janeiro aparelhos de projeção cinematográfica, em 1898,
foram realizadas as primeiras filmagens no Brasil. Somente em
1907, com o advento da energia elétrica industrial na cidade, o comércio
cinematográfico começou a se desenvolver.
Nesta fase
predominou filmes de reconstituição de fatos do dia-a-dia.
A partir de 1912, das mãos de Francisco Serrador, Antônio Leal e dos irmãos
Botelho eram produzidos filmes com menos de uma hora de projeção, época em que
o cinema nacional encarou forte crise perante o domínio norte-americano nas
salas de exibição, os cine-jornais e documentários é que captavam recursos para
as produções de ficção.
Em 1925, a
qualidade e o ritmo das produções aumenta, o cinema mudo brasileiro se
consolida e os veículos de comunicação da época inauguram colunas para divulgar o nosso
cinema. Entre os anos 30 e 40, o cinema falado abre um reinício para a produção
nacional que limita-se ao Rio em comédias populares, conhecidas como chanchadas
musicais que lançaram atores como Mesquitinha, Oscarito e Grande
Otelo. A década de 30,foi dominada pela Cinédia e os anos 40 pela Atlântida.
No período
de 1950 a 1960, em São Paulo, paralelo à fundação do Teatro Brasileiro de
Comédia e abertura do Museu de Arte Moderna, surge o estúdio da Vera Cruz que
através de fortes investimentos e contratação de profissionais estrangeiros
busca produzir no Brasil, uma linha de filmes sérios, industrial, com uma
preocupação estético-cultural hollywoodiana e com a participação de grandes
estrelas como Tônia Carreiro, Anselmo Duarte, Jardel Filho, entre
outros. A Vera Cruz tinha uma produção cara e de qualidade, mas faltava-lhe uma
distribuidora própria e salas para absorver a sua podução, uma de suas
produções foi premiada em Cannes, o filme Cangaceiro, de Lima Barreto.
Em oposição
às produções paulistas e cariocas, surgem cineastas independentes que a partir
da década de 60, buscam manter a pretensão artística da Vera Cruz, como por
exemplo Walter Hugo Khouri, e uma esfera neo-realista, com o filme “Rio 40°” de
Nelson Pereira dos Santos. Nesta fase há o fenômeno de filmes feitos na Bahia,
por baianos e sulistas, como o “Pagador de Promessas”, é o surgimento do Cinema Novo, moviemento
carioca que abarca o que há de melhor no cinema nacional, época de intensa
produção e premiação de nomes como os de Glauber Rocha, Serraceni,
Ruy Guerra, entre outros.
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